Curiosidades: Deuses Egípicios

MON (Amen, Amun) – O grande deus de Tebas de origem incerta; representado como um homem, o sol e algumas vezes como o falo; identificado com Re como AMON-RA; seus animais sagrados eram o cordeiro e o ganso.

ANAT – Deusa de origem síria, com caráter guerreiro, representada como uma mulher segurando um escudo e um machado.

ANUBIS (ANPU) – O Deus-chacal, patrono dos embalsamadores, curadores e cirurgiões; tanto em cerimonias de cura quanto em mumificasses, Anubis era a deidade patrona que preparava o morto e curava o vivo. Anubis é considerado o grande deus-necropolitano.

ANUKIS (ANQET) – Deusa da região de cataratas de Aswan; mulher de Khnum.

ASTARTE (As-start-a) – Deusa de origem síria, introduzida no Egito durante a decima oitava dinastia. Também conhecida como ‘Deusa do Céu’ e seu culto era freqüentemente misturado com as adorações de Isis.

ATEN – Deus do Disco-Solar, venerada como o grande Deus Criador .

HARPOCRATES (HOR-PA-KHRED) – Uma forma posterior de Horus em seu aspecto de filho de Isis e Osiris, representado como uma criança nua usando um cinto de castidade e com um dedo colocado sobre a boca.

HATHOR – Deusa de muitas funções e atributos, representada freqüentemente como uma vaca ou mulher-cabeca-de-vaca, ou como uma mulher com chifres; o bezerro do reino, o bezerro dourado; centros de culto em Menfis, Cusae, Gebelein, Dendera; a deidade patrona da região mineradora do Sinai; identificada pelos gregos com Afrodite. Foi enviada por Re para limpar a terra de pessoas descrentes. Após escravizar todos que se opunham a Re, pediu para descansar e tornou-se o equivalente grego de Afrodite, a deusa do amor, da fertilidade, das mulheres – e também protetoras dessas ultimas. Ha’ muitos mitos em volta da figura da deusa Hathor.

HEQET – Deusa-Sapo de Antinoopolis onde era associada a Khnum; ajudante das mulheres na hora do parto.

HORUS (Haroeris, Harpocrates, Harsiesis, Re-Harakhty) – o deus falcão, originalmente o deus-ceu, identificado com o rei enquanto fosse esse vivo. Melhor conhecido como o filho de Osiris e Isis. Horus foi também o vingador de seu pai Osirius, morto por Set. O olho de Horus veio de um mito de suas batalhas onde Horus abriu mão de seu olho direito em batalha. Desde então o Olho de Horus tem sido usado para representar forca, vigor, e auto-sacrificio. Seus centros de culto encontravam-se em muitos lugares, Behdet no Delta, Hierakonpolis e Edfu no Alto Egito.

ISIS – Conhecida como a divina mãe e esposa de Osiris, mãe de Horus; Isis é uma das quatro grandes Deusas protetoras (Bast, Nephytes e Hathor) guardiã de túmulos e urnas mortuárias. Isis é irmã de Nephytes com quem atuava em conjunto como carpidora divina para o morto, e divinamente é representada pela Cruz Ansata (Ankh).No ultimo período Pilasse foi seu principal centro de culto. Ela é conhecida também com Rainha do Céu (similarmente a Astarte) e rege sobre todos os assuntos que concernem a vida, a maternidade e a bruxaria. Na origem do mito de Re e do mundo, foi escrito que ela encontrou o nome “Re” fazendo com que uma serpente venenosa mordesse Re por encantamento. A serpente mordeu Re e a única maneira de curá-lo foi pela descoberta de seu verdadeiro nome. Conhecendo esse nome, ela obteve um poder do mesmo porte do dele e a partir disso tornou-se conhecida como a feiticeira divina. Outro mito de Isis concerne a ambos, Osiris e Horus. Nesse mito, Set assassina Osirius e dispersa seu corpo em seis pedaços, um em cada canto do mundo. Isis vai ao encontro desses pedaços quando estava com Horus em seu ventre. Durante esse tempo Osiris tornou-se Senhor dos mortos. Horus foi dado à luz e comprometeu-se a vingar a morte de seu pai pelo assassinato de Set. Isis viveu a partir de então como pranteadora divina na terra e no céu.

KHEPRI – O deus-escaravelho, identificado a Re com deus criador; freqüentemente representado como um besouro com o disco solar.

KHONS – O deus-lua, representado como um homem; com Amun e Mut como seu pai e sua mãe, formando a tríade thebana.

MAAT – Deusa da verdade, do direito e da conduta adequada; representada como uma mulher com uma pena de avestruz em sua cabeça. Diz-se que no julgamento do morto ela segura a balança que pesa o coração humano.

NUN (NU) – Deusa do caos primevo, Nu era também vista como a água primordial a partir da qual os deuses, a terra e os humanos foram criados, ou seja, o caos a partir do qual criou-se a ordem.

NUT (NUIT) – Deusa do céu, mulher de Geb, o deus-terra; representada como mulher, seu corpo nu curvado para formar o arco celeste.

OSIRIS (Asar) – Deus do mundo subterrâneo, identificado como deus dos mortos; também um deus da inundação e da vegetação; representado como um rei mumificado; principal centro de culto Abydos. Osiris é visto como o grande juiz dos mortos.

RE (RA) – O Deus-Sol de Heliopolis; cabeça do grande eneagrama, juiz supremo; freqüentemente vinculado a outros deuses que aspiram à Universalidade, por exemplo Amon-Ra, Sobk-Ra; representado como o deus-cabeca-de-falcao. Assemelha-se ao pai de todos os deuses, a partir dele todos os outros deuses e deusas foram criados. Ele e’ conhecido também por três aspectos, que correspondem às posições do Sol, Amen na aurora, Re no ocaso e Set no crepúsculo.

REHARAKHTY – Deus em forma de falcão, corporificando as características de Re e de Horus (aqui chamado “Horus do Horizonte”).

RENENUTET (Ernutet, Thermuthsi) – Deusa da colheita e da fertilidade, representada como uma serpente ou mulher-cabeca-de-serpente.

SETH (Set, Suteck) – Deus das tempestades e da violência; identificado a muitos animais, inclusive o porco, o burro, o ocapi (mamífero da família das girafas) e o hipopótamo; representado como um animal nao-identificado, irmão de Osiris e de seu assassino, o rival de Horus; comparado a Typhon pelos gregos.

SHU – Deus do ar, com Tefnut forma o primeiro par de deuses no panteão heliopolitano; freqüentemente retratado como um homem separando NU (céu) de GEB (terra).

SOBK (Sebek, Suchos) – O Deus crocodilo, venerado por todo Egito mas especialmente no Faiyum, e em Gebelein e Kom Ombo no Alto Egito.

TEFNUT – Deus do orvalho, formando com SHU o primeiro par do panteão de Heliopolis.

THOTH – O Deus-cabeca-de-ibis de Hermopolis; o escriba dos deuses, o inventor da escrita, e grande deus de todo conhecimento; tanto o macaco quanto o íbis são consagrados a ele. No julgamento do morto ele era o escriba que registrava as confissões e afirmações do morto em seus papiros, mantendo assim um registro de quem adentrava o paraíso e quem era devorado pelos cães do julgamento.

UNNEFER (Wenen-nefer, Onnofhris) – Nome que significa “aquele que nunca chora”, o deus que esta’ sempre feliz, dado a Osiris após sua ressurreição.

Deusas e assuntos que lhes são correlatos:

AMOR – Afrodite, Astarte, Ishtar, Beltis, Branwen, Freya, Hathor, Isis, Maia, Mari, Oxum, Vênus, Lilith;

LEI E JUSTIÇA – Atena

DINHEIRO, TRABALHO E NEGÓCIOS – Demeter, Habondia, Cerridwen, Dannu, Gaia, Mãe do Milho, Bona Dea.

TRABALHO CRIATIVO, ARTES – Brigid, Cerridwen, Athena, Minemósine, as Musas, Saravasti.

CURA – Brigid, Ísis, Artemis, Hebe, Higéia, Maat, Nêmesis, Têmis, Aradia.

DEVOÇÃO, COMPAIXÃO – Kwan Yin, Maria.

LAR, FAMÍLIA – Vesta, Hera, Concórdia, Rhea, Tara.

FILHOS – Eileithya, Carmenta, Juno.

PROTEÇÃO – Freya, Diana, Pallas Athena, Maeve

TRABALHO PSÍQUICO – Cibele, Hécate, Cerridwen, Neftis, Perséfone, Hel, Ísis.


Texto retirado da Internet

Deve chamar-se tristeza

Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.

Sim, tristeza – mas aquela
Que nasce de conhecer
Que ao longe está uma estrela
E ao perto está não a Ter.

Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho
De entre as mãos ricas de pó.

 

Fernando Pessoa

Medo da eternidade

“Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: – Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.”

Clarice Lispector

Trecho de Clarissa

Fora, o luar cresce, tênue, inundando a paisagem.
Clarissa infla as narinas. Parece-lhe que o luar tem um perfume todo especial. Se ela pudesse pegar o luar, fechá-lo na palma da mão, guardá-lo numa caixinha ou no fundo de uma gaveta para soltá-lo nas noites escuras…

Érico Verissimo

Serenata

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo

Cecília Meireles

 

E um belo poema para o sábado

 

Mãos Dadas

 

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.

não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

 

Carlos Drummond de Andrade

Poema de Domingo (I)

 

“Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.”

 

Carlos Drummond de Andrade

 

 

A morte é que está morta

A morte é que está morta

Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia – enfim – despertarás…

E o que esperavas ser teu suspiro final
é o teu primeiro beijo nupcial!

– Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim – tão bela?!
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti…

E ela, sorrindo, compassiva e calma:

– E tu, por que é que me chamavas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma…

 

Mario Quintana

Um homem com uma dor

Um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegasse atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisa que os valha
ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra

Paulo Leminski

Ironia de lágrimas

 

Junto da morte é que floresce a vida!

Andamos rindo junto a sepultura.

A boca aberta, escancarada, escura

Da cova é como flor apodrecida.

A Morte lembra a estranha Margarida

Do nosso corpo, Fausto sem ventura…

Ela anda em torno a toda criatura

Numa dança macabra indefinida.

Vem revestida em suas negras sedas

E a marteladas lúgubres e tredas

Das Ilusões o eterno esquife prega.

E adeus caminhos vãos mundos risonhos!

Lá vem a loba que devora os sonhos,

Faminta, absconsa, imponderada cega!

 

Cruz e Souza

Lolita – Vladimir Nabokov

«Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade. Pecado meu, alma minha. Lo-li-ta: a ponta da língua empreende uma viagem pelo céu-da-boca e apoia-se, na terceira sílaba, na borda dos dentes. Lo.Li.Ta.
Era Lo, simplesmente, de manhã, um metro e quarenta e oito de estatura com os pés descalços. Era Lola quando vestia calças. Era Dolly na escola. Era Dolores quando assinava. Nos meus braços, porém, era sempre Lolita.»

Vladimir Nabokov in “Lolita”

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

Guernica

Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a óleo representa o bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães. Atualmente está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.

A pintura foi feita sem uso de cores, em preto e branco – algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio da pequena cidadezinha espanhola. Claramente em estilo cubista, Picasso retrata pessoas, animais e edifícios destruídos pelo intenso bombardeio da Luftwaffe, a força aérea nazista.

Guernica

Morando em Paris, o artista soube dos fatos desumanos e brutais através dos jornais – e daí supõe-se tenha saído a inspiração para a retratação monocromática do fato.

Sua composição retrata as figuras ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas. O posicionamento diagonal da cabeça feminina, olhando para a esquerda, remete o observador a dirigir também seu olhar da direita para a esquerda, até o lampião trazido ainda aceso sobre um braço decepado e, finalmente, à representação de uma bomba explodindo.

Fonte: Wikipédia

 

4 Poemas

Tuas húmidas
entranhas
navegáveis.
*
Há um relógio nupcial parado
suspenso entre nós dois.
*
Indefesos, contra nós investem
os deuses todos do desejo com seus touros
de incontinência e morte.
Estávamos
nus e só a pele
nos cobria e em nós se consagrava.
*
Um deus e a crista
duma onda
crucificados
no teu sexo.

Albano Martins

 

 

Nasceu em 1930 na aldeia do Telhado (e não, como consta do seu registo de nascimento, em Póvoa de Atalaia), concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Licenciado em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspecção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. Presentemente, é professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.

A Cigana

 

De que tela surgiste, ave, sereia e flama, 

toda feita de luz e carne? Os teus olhares 

nas olheiras de fogo acendem a fagulha 

do amor e da paixão, da febre e da saudade. 

 

Quando o teu passo acaricia a pedra ardente, 

teu colar, que cintila em teus seios morenos, 

vibra como uma voz dentro de uma mesquita 

conclamando os fiéis para a oração da tarde. 

 

E teu corpo e teus nervos ágeis de pantera 

não lembram imortais danças de baiaderas, 

sob as flutuantes, roxas calças nebulosas? 

 

Em teu véu uma rosa entreabre-se, e pareces 

com tua juventude em flor, tão palpitante, 

uma chama que baila e que desceu do sol 

 

Alexandrina Scurtu 

 

Alexandrina Scurtu. Nasceu em 1881.  Começou a escrever em 1918, e publicou dois volumes de poesias,  intitulados: “Sonetos”,   entre os anos de 1920 e 24. É uma das mais  conhecidas poetisas romenas. Deixou grande   parte de sua obra esparsa pela imprensa.

História de São Valentim

Namorados de boa parte do mundo trocarão presentes nessa quarta-feira (14), em comemoração do Dia de São Valentim, um suposto mártir cujo aniversário a Igreja Católica deixou de celebrar a partir de 1969 por duvidar de sua identidade –e até de sua existência.

Nas mais antigas listas de mártires, confeccionadas nos primeiros séculos da era cristã, existem pelo menos três santos com nome de Valentim: dois bispos sepultados em diferentes locais da Via Flamínia, em Roma, e um terceiro que teria sido torturado e morto na África, todos eles lembrados em 14 de fevereiro.

Conta a lenda que Valentim era um padre que, no século III d.C., casava, em segredo, os jovens pares de namorados.

A Igreja Católica registra pelo menos dois santos com o nome de Valentim. Um seria bispo de Interamna; outro sacerdote em Roma. É possível que se trate do mesmo santo, que terá sido levado em martírio da sua cidade para a capital do Império. Além disso, segundo o “Martirológio Romano”, ambos foram decapitados na Via Flaminia e têm a sua festa a 14 de Fevereiro.

Conta a lenda que Valentim era um padre que, no século III d.C., casava, em segredo, os jovens pares de namorados. O Imperador Cláudio II, reconhecendo que os melhores soldados eram solteiros, tinha proibido os mancebos de contraírem matrimónio. Valentim, ao ousar celebrar casamentos, foi descoberto, preso e condenado à morte por decapitação.

Atualmente, a Igreja de Santa Praxedes, em Roma, guarda as relíquias do santo e é um destino de romaria de muitos pares de namorados.
Há também referências a um Valentim que, na mesma época, ajudava os Cristãos a fugir da cadeia romana, onde eram muitas vezes torturados.

A festa de São Valentim é muito mais antiga do que o próprio cristianismo. A comemoração se vincula às festas lupercais do Império Romano, rituais pagãos em homenagem a Fauno Luperco (referente a “lupus”, lobo, ou Pã para os gregos). Essa entidade “protegia” os pastores e os rebanhos. As festas eram celebradas no dia 15 de fevereiro de cada ano, cinco semanas antes do início da primavera.

Por volta do fim do século 5 d.C., o papa Gelasio 1º acolheu as lendas sobre São Valentim e instituiu sua celebração em 14 de fevereiro, com a finalidade de apropriar para a Igreja a tradição das festas lupercais, que foram extintas.

No decreto papal se explicava que São Valentim era um daqueles “cujos nomes são venerados pelos homens, mas cujos atos só Deus conhece”, admitindo assim a absoluta carência de dados verossímeis sobre o assunto.

Receitas Afrodisíacas: Ostras à Grand-Mère

Para um jantar no dia de São Valentim

Ingredientes:

48 Ostras de bom tamanho
48 Camarões grandes 
2 Cebolas
2 Tomates
5 Cenouras raladas
Alface
Salsa
200 ml de água quente
1 fatia de pão de forma
2 Gemas 
1 cálice de Vinho do Porto
2 ovos batidos
Sal a gosto
Azeite.
Pão ralado.

Lave  bem as ostras e coloque-as em uma vasilha e cubra com a agua fervendo para  para abri-las.
Retire os mariscos das conchas e escolha as 24 conchas maiores e mais perfeitas.
Faça  um refogado com a cebola, as cenouras, a salsa e os tomates, cortados em pedaços.
Acrescente a água, junte a cenoura e as ostras no refogado.
Retiram-se as cenouras e as ostras do refogado.
Côe o refogado e coloque o pão dentro para amolecer.
Adicione o  o pão anteriormente molhado ao marisco, incorpore as gemas, o Vinho do Porto, o sal a gosto e leva-se ao fogo para engrossar. Se ficar mole, misture a farinha que for necessária para obter uma boa consistência e deixe no fogo, mexendo sempre, até a massa se soltar do fundo da panela.
Recheie as conchas das ostras com esta massa de forma que fique bem abauladas.
Passe  a parte recheada por ovos batidos, depois no pão ralado, e frite  em um bom azeite bem quente.
Coloque a alface não muito fina no fundo de uma travessa.
Sobre a alface coloque as ostras quentes e no centro de cada ostra um  camarão cozidos e descascado.

Para acompanhar, vinho branco Chardonnay ou  Sauvignon Blanc, caem bem nessa hora. A temperatura do vinho deve estae entre 4ºC e 10ºC, uns 15 minutos na geladeira antes de servir o prato principal.

 

O Amor não Existe sem Ciúme

Se o ciúme nasce do intenso amor, quem não sente ciúmes pela amada não é amante, ou ama de coração ligeiro, de modo que se sabe de amantes os quais, temendo que o seu amor se atenue, o alimentam procurando a todo o custo razões de ciúme.
Portanto o ciumento (que porém quer ou queria a amada casta e fiel) não quer nem pode pensá-la senão como digna de ciúme, e portanto culpada de traição, atiçando assim no sofrimento presente o prazer do amor ausente. Até porque pensar em nós que possuímos a amada longe – bem sabendo que não é verdade – não nos pode tornar tão vico o pensamento dela, do seu calor, dos seus rubores, do seu perfume, como o pensar que desses mesmos dons esteja afinal a gozar um Outro: enquanto da nossa ausência estamos seguros, da presença daquele inimigo estamos, se não certos, pelo menos não necessariamente inseguros. O contato amoroso, que o ciumento imagina, é o único modo em que pode representar-se com verosimilhança um conúbio de outrem que, se não indubitável, é pelo menos possível, enquanto o seu próprio é impossível.
Assim o ciumento não é capaz, nem tem vontade, de imaginar o oposto do que teme, aliás só pode obter o prazer ampliando a sua própria dor, e sofrer pelo ampliado prazer de que se sabe excluído. Os prazeres do amor são males que se fazem desejar, onde coincidem a doçura e o martírio, e o amor é involuntária insânia, paraíso infernal e inferno celeste – em resumo, concórdia de ambicionados contrários, riso doloroso e friável diamante.

Umberto Eco, in “A Ilha do Dia Antes”

Dalai Lama

Perguntaram ao Dalai-Lama:

– O que mais o surpreende na Humanidade?

Ele respondeu:

– Os homens… porque perdem a saúde para juntar dinheiro,
depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro,
esquecem-se do presente de tal forma
que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer…
… e morrem como se nunca tivessem vivido

Crueldade Fraterna, Marques de Sade

Nada é mais sagrado numa família do que a honra dos seus membros, mas este tesouro chega a desbotar-se, por precioso que possa ser, e os que estão interessados em preservá-lo deverão fazê-lo encarregando-se eles próprios do papel humilhante de perseguidores das infelizes criaturas que os ofendem? Não seria razoável pôr em equação os horrores com que atormentam a sua vítima e esta lesão tantas vezes quimérica que se queixam de ter recebido? Qual, enfim, é mais culpado aos olhos da razão, uma moça fraca e enganada ou um parente qualquer que, para se erigir em vingador duma família, se torna o carrasco desta infortunada? O acontecimento que vamos pôr sob os olhos dos nossos leitores fará, talvez, decidir a questão.

 

Texto Completo

Lágrimas

Também as lágrimas são úteis; com lágrimas, comoverás diamantes; faz, se conseguires, que ela veja o teu rosto banhado de pranto; se as lágrimas não aparecerem, pois nem sempre surgem no tempo certo, esfrega os olhos com as mãos molhadas.

Ovídio, in “Arte de amar”

Salmo 139:14

“Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem.” Todos os membros, a razão e todos os nossos sentidos temos de Deus, nosso Criador. E como são maravilhosos os nossos membros! Os homens inventaram e contruiram máquinas que fazem trabalhos preciosos. Mas o que é isto tudo em comparação com os membros do nosso corpo! Membros e órgãos funcionam maravilhosamente! Pensemos em nosso coração – que maravilha! O coração é relativamente pequeno, mas realiza um grande trabalho. Trabalha ininterruptamente durante décadas, mesmo por vezes quase um século inteiro, sem descansar sequer um minuto. E que trabalho realiza o coração: Bombar os cerca de cinco litros de sangue três vezes por minuto por todo o corpo! E isto se o homem está acorado ou dormindo, se está pensando nisto ou não. É por isso que o salmista exclama, e nós com ele: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste.” Agradeçamos realmente a Deus por isso e por tudo que somos e temos!

Manuel Francisco dos Santos, Garrincha

“Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.”

Carlos Drummond de Andrade

 

Indicado para a seleção dos maiores jogadores do século XX por 250 jornalistas de todo o mundo em junho de 1998, Garrincha foi o maior driblador da  história do futebol. Com suas pernas tortas, ele realizou algumas das mais maravilhosas atuações do futebol pelo Botafogo e pela seleção brasileira. 

Manuel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande a 28 de outubro de 1933 e morreu em 20 de janeiro de 1983.

Bicampeão mundial em 1958 e 1962, Garrincha foi o principal jogador na conquista da Copa do Mundo do Chile. Quando Pelé se contundiu no segundo jogo e ficou fora pelo resto do torneio, Garrincha se tornou o grande jogador do Brasil.

Jogou 60 partidas pela seleção brasileira. Estreou em 18/09/55 contra o Chile no Maracanã. A única derrota foi em seu último jogo, pela copa de 1966, em Liverpool, quando o Brasil perdeu da Hungria de 3 x 1. Com Garrincha, o Brasil conseguiu 52 vitórias e 7 empates. Com Mané e Pelé juntos em campo, o Brasil nunca perdeu